segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Gota de Limão News
Não tem nada a ver com esse, tô escrevendo sob um outro olhar.
Meu novo blog é o Crise aos 18! Em parceria com uma amiga, a Amanda!
Lá vocês encontram dicas de roupas, maquiagens, esmaltes e muito mais.
Ainda estamos começando, mas vai bombar!
Beijos pra vocês, minhas donzelas e cavalheiros queridos.
H.Reis
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Nossa casa, nossa cama, nosso presunto
O Gato, por exemplo, quando era irritado pela Moça, fazia xixi atrás do sofá só para retrucar a irritação. Ela, por sua vez, ficava uns três dias atrás do lugar onde estava o mal cheiro; e durante esses dias de procura, eles não se falavam. Até que ela descobriu que a imaginação dele era limitada e ele só usava o mesmo lugar para fazer o tal xixi que a irritaria três dias depois.
O dia-a-dia era rotineiro. Ela trabalhava numa padaria que ficava bem longe de casa e enquanto ela trabalhava, ele tomava conta da casa dormindo. Ela chegava cansada, sentava logo no sofá que ele arranhava a toda hora e deixava que ele a tirasse os sapatos; e depois, lambesse seus pés como num banho de gato.
Os dois jantavam juntos sentados à mesa e depois iam dormir. Só havia uma cama. Também dormiam juntos.
Numa quinta feira cinzenta que nada havia de mais, a Moça foi elogiada pelo dono da padaria. Ele a disse que ela era muito dedicada, pontual e simpática com os fregueses. E que, por isso, a daria um pedaço inteiro de presunto de presente. A Moça só faltava pular de tanta alegria, mas nem sorrir mais que o normal ela podia, pois o patrão havia pedido segredo. Por que se algum outro funcionário ficasse sabendo, poderia ficar chateado. Mas era claro pra ela e pra ele que o presunto dado não era só um presente pela boa conduta no trabalho. Ele tinha uma queda bem discreta pelas curvas da Moça. Isso todo mundo já tinha percebido.
A Moça chegou em casa como sempre cansada e nesse dia, com mais um peso na bolsa: o pedação de presunto plastificado. Não adiantava esconder. A coisa cheirava longe e chegando no bairro, todos os vizinhos deram um jeito de sair à porta ( os mais indiscretos) ou à janela para ver quem trazia a peça rara. Antes das lambidas rosas do Gatinho, o focinho dele foi fuçar outro lugar: a bolsa dela.
E foi inexplicável o que os olhos dele deixaram ver. Era uma alegria, mas uma alegria de gente. Ele já havia sim comido presunto, mas só uma vez quando a Moça o deixou na casa de uma tia rica para ir tratar de umas coisas num lugar longinho. O Gatinho lambeu-se todo, pulou alguns centímetros e começou a rasgar o plástico que envolvia o tesouro numa agitação que só. A Moça estava adorando observar a alegria dele, mas teve que parar para ir proteger o presunto, ou ele acabava aquela hora mesmo no estômago do irmão.
A Moça, mesmo morrendo de vontade de comer o trazido, deixou para apreciá-lo pela manhã; onde o sol também apreciaria o banquete. Se eu disser aqui que os dois irmãos nem conseguiram dormir direito por causa de ansiedade, vai parecer mentira. Mas quem sou eu para inventar coisas? Só conto o ocorrido e pronto. Dou, no máximo, uma pitada de humor nas histórias que me atrevo a narrar. Mas esse fato engraçado é inerente da história.
Ela custou mesmo a pegar no sono, e quando conseguiu, sonhou que conversava com o pedaço de carne rosa e o dizia que mesmo ele sendo tão bonitinho e lustrado, ela o comeria sem dó. O sonho do Gato já foi mais ousado: sonhava que o pedaço de presunto tinha pernas que só serviam para correr dele, se cansar e depois se render ao Gatinho deixando-se ser despedaçado.
A manhã do dia chegou e a primeira coisa a ser feita foi fatiar o pedaço de presunto. Ela,coitada, sem muito jeito, cortou fatias grossas, finas e até machucou o dedo com a faça. Separou única a travessa de louça que tinha, que ficava na mesa da sala( era o único enfeite da casa), lavou-a e espalhou ali o pedaço de carne cor-de-rosa recém fatiado. Sentaram-se os dois á mesa como sempre, e ficaram um olhando nos olhos do outro. As bocas, já cheias de água pela vontade, passavam a responsabilidade para os olhos; que ficavam agora como os de crocodilo ao ver algo apetitoso. Cheios d'água.
Comeram sem saber comer. Ela se preocupou em não deixarem-se comer tudo, pois queria sentir daquele prazer outra vez; quem sabe à noite ou no outro dia. Mas a hora havia passado. Ela olhou o relógio e já havia se atrasado 15 minutos. Foram os 15 minutos em que ela comeu sem saber comer e sem lembrar que o tempo existia, ou era marcado pelo relógio. A Moça correu até a porta com a bolsa no ombro e nem lembrou-se de trancar a fechadura, devido ao desespero que a pegou. Como chegaria no trabalho tendo sido presenteada em segredo pelo patrão pela boa conduta? Não conseguiria. Foi isso o que pensou, mas iria mesmo assim. Seria despedida se preciso fosse, mas não se ia se render aos 15 minutos perdidos.
Chegando no ponto onde passava a condução, a Moça lembrou-se , para a sua infelicidade, que havia se esquecido de guardar o restante do presunto. Desesperou-se mais. Ficou no empasse: Ir para o trabalho assim mesmo, ou deixar o Gato comer tudo? Não, não podia. Mesmo tendo um amor enorme pelo irmão que a mãe deixara, o presunto era presente seu, ganhado com seu esforço(e suas curvas) pelo patrão na padaria.
A Moça, indignada com sua displicência dupla, voltou pra casa. Abriu a porta que havia esquecido de trancar, e foi direto para a mesa da cozinha onde havia deixado seus dois tesouros: o Gato e o fatiado cor-de-rosa. Só um deles estava lá. Em cima da mesa como ela havia deixado: O Presunto. E o Gato? Ah, o Gato. Estava ele lá, deitado no lugar de sempre, com um olhar de satisfeito E mais: com um olhar que dizia á Moça: ''Somos irmaõzinhos.Eu nunca comeria esse presunto sem você.''.
domingo, 18 de setembro de 2011
Sábado à tardinha
Se quer ter um gato
E também um cachorro.
(Se quer poder começar frases com pronomes.
Saiba: agora é uma tardinha de sábado.)
Se quer mais...se quer um amor
Um amor pra ir dormir, pra ver acordar
Pra ver a beleza e compartilhar as feiuras invisíveis
(Pois quando se está amando as coisas feias desaparecem)
Se quer ser escritor
Inventar uma história ou contar a sua
Se quer personagens pra brincar
Num sábado á tardinha
Quer poder se tocar, coçar
Quer ver o tempo parar
Mas é aí que se acorda.
Pois o tempo não pára.
O tempo vai junto com a vontade e a tardinha do sábado caprichoso.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Mulher
O ódio de não ter sido amada antes;
Do medo do amor não continuado...
Concluído.
Na preocupação da mulher mãe
Há o choro dela,
Ela criança, ela bebê...
Que quer ser cuidado, amamentado
Mas que foi esquecido por um só momento,
Cresceu e virou progenitora
A mulher meretiz tem as pernas que se abrem quentes...
pulsantes, roliças.
Mas estão gastas.
Nunca mais puras, nunca mais intactas pelas mãos do mundo.
E a meretriz ignora a poesia de seu corpo; a poesia de seu ato
E o faz repetir vezes por dia, sem sentimento...
Ela não sabe o quanto é poética, o quanto é essencial para a percepção do belo.
És tu, Mulher, tudo isso.
Uma amada mãe meretriz
que traz o mundo nas pernas
e no coração o sentimento da humanidade
que merece cuidado
mas que chora o mesmo pranto desde seu nascimento.
H.Reis
sábado, 13 de agosto de 2011
Tão simples
Como colocar os óculos e senti-los encaixar no óleo das têmporas;
Como ver um cachorro coçar sua orelha esquerda e depois olhar pra baixo, pro chão.
O que a complica são outras coisas;
Como os óculos, mesmo na oleosidade macia dos lados, não encaixarem nas tais têmporas
Ou como quando o cachorro, ao olhar pra baixo, vê que da orelha que coçou há pouco, caiu uma pulga espertalhona
Aí as coisas complicam.
Pois agora os óculos entram forçados
E a pulga tem que morrer e o cachorro se cansar.
A morte é tipo isso.
A complicação, a decepção e o fim das coisas simples.
H.Reis
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
quarta-feira, 13 de julho de 2011
O preço do tempo
Três pipas? Três sonhos? Não.
As pipas que vão ao céu levam junto os sonhos do meninos
Sonhos bobos amarrados nas rabiolas coloridas
Sonhos que ficam grandes e magníficos ao encontrarem a imensidão
Imensidão nem imaginada na cabeça dos três meninos ou das três pipas.
E daqui há alguns anos? Sabe-se lá onde estarão os meninos, onde estarão as pipas.
Daqui há alguns anos os meninos hão de ter crescido, hão de ter largado as pipas.
E quando passarem, atrasados para o seu serviço, e verem cair, ao seu lado, uma pipa de criança
Os meninos, hoje homens, vêem ali seus sonhos caídos.
Seus sonhos que um dia alcançaram a imensidão do céu da infância
Mas que agora não alcançam nem a sua altura.
H.Reis
domingo, 10 de julho de 2011
Quem?
Se você tem uma casa, um chão de terra e muito amor pra dar
Se você tem a si mesmo, tem a cidade, tem o pó que o carro levanta ao passar devagar
Se você tem olhos claros, negros, ou indecisos
Se você tem olhos quaisquer para ver minha beleza inexistente
Se você tem nariz grande, fino ou indeciso
Se você tem um nariz qualquer para sentir meu corpo-cheiro
Se você tem lábios grossos, retos ou divididos
Se você tem lábios e língua pra dizer que me ama.
Se você é esse alguém...
Não tenha dúvidas.
É com você que eu vou ser feliz pra sempre.
H.Reis
quinta-feira, 30 de junho de 2011
Imposição
Eu o inventaria
Eu o faria importante
Eu o faria infinito.
E fim.
H.Reis
terça-feira, 28 de junho de 2011
Poesia Involuntária
A sola do pé virou poema,
E a menina, poetisa.
H.Reis
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Poema-Perdição
Nada disso.
Seria eu uma inspiração para uns próximos poetas.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Desabafo de uma Louca
Se te amo, amo por excesso, nunca por falta ou perda de um pedaço do meu sentimento, pois eu sei exatamente onde ele se encontra.
O Sofá Amarelo
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Momento Graciliano
sábado, 4 de junho de 2011
Imersão
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Momento João Cabral
Difícil ser funcionário
Nesta segunda-feira.
Eu te telefono, Carlos
Pedindo conselho.
Não é lá fora o dia
Que me deixa assim,
Cinemas, avenidas,
E outros não-fazeres.
É a dor das coisas,
O luto desta mesa;
É o regimento proibindo
Assovios, versos, flores.
Eu nunca suspeitara
Tanta roupa preta;
Tão pouco essas palavras —
Funcionárias, sem amor.
Carlos, há uma máquina
Que nunca escreve cartas;
Há uma garrafa de tinta
Que nunca bebeu álcool.
E os arquivos, Carlos,
As caixas de papéis:
Túmulos para todos
Os tamanhos de meu corpo.
Não me sinto correto
De gravata de cor,
E na cabeça uma moça
Em forma de lembrança
Não encontro a palavra
Que diga a esses móveis.
Se os pudesse encarar...
Fazer seu nojo meu...
Carlos, dessa náusea
Como colher a flor?
Eu te telefono, Carlos,
Pedindo conselho.(João Cabral de Melo Neto influenciado por Carlos Drummond de Andrade)
Postado por H.Reis
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Felicidade
Solta pipa, compra pipoca, vê menino correr perigo.
Carro vem, carroça chega e se encontram na esquina.
O dono do carro diz:
‘’Ô, sangue bão!’’
O carroceiro responde:
‘’Ô, meu irmãozinho!’’
E seguem a vida em frente na estreita estradinha.
Pé no chão, nas pedras da rua principal,
E o menino corre de baixo a cima, de cima a baixo;
Vendo sua pipa cair,
Vendo a menina bonita passar,
E a vida passar junto com ela.
E assim já perdeu a pipa,
Mas a menina continua lá,
E a vida mais viva ainda está
Na cabeça e no coração do menino.
A menina bonita que passa
Sente o vento lamber os cabelos
E as pernas que o pai não deixa mostrar.
Mas as pernas são exteriores;
Sentem as delicias das ruas,
Mesmo que dentro das saias.
- "Papai não sabe de nada!"
A dona de casa saiu da feira,
E vai passar na costureira
Pra encomendar vestido pra filha mais velha que vai se casar.
A dona de casa vai fazer a festa
Feijoada, torresmo, doce de leite
E pra beber? Cachaça ardidinha que não há melhor
Pra festejar? Não o casamento
Casamento é pretexto.
Vamos festejar o carro, a carroça
O menino, a pipa
Vamos festejar a menina, as pernas, as saias
A dona de casa e seu amor pelo amor
Vamos festejar a vida que sopra no coração dessa cidade pequena.
domingo, 8 de maio de 2011
Momento Adélia
sábado, 30 de abril de 2011
Tudo joia?
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Momento Quintana
terça-feira, 26 de abril de 2011
terça-feira, 19 de abril de 2011
Com todo respeito, Manuel Bandeira
É quem escreve versos livres
Rimas ricas mas não aparentes.
É quem não liga pra falta de eira ou beira
É Bandeira.
E é por isso que a partir daqui serei como ele
Livre, leve, solta, veloz ou devagar...
Imitando Bandeira.
Cidades reais ou imaginárias
São por ele (re)criadas e contadas
Com a maestria de um Deus da geografia poética
Com a sensibilidade de um Deus da poesia geográfica do coração.
É Bandeira.
É quem faz versos como quem morre, como quem vive, chora ou sorri.
E se uma lágrima cair e borrar a caneta? E daí?
Será ainda a mais autêntica e original poesia
De Bandeira
É quem me encanta, me canta, me acorda e até me faz dormir
E nas letras de sua poesia faz subir ao céu e brilhar pra mim a Estrela da Manhã
Que virá a se abaixar só em Pasárgada
Com Bandeira
(como Bandeira)
É que brilha no céu do meu olhar, Poeta Favorito
E como se me conhecesse há séculos
Descreve-me sempre e revela a todos os meus segredos em massa
Mas tudo bem, não me importo
Tens comigo carta branca,
Pois és simplesmente meu Poeta Favorito novamente,
Imortal e Querido Bandeira.
H.Reis em simples homenagem aos 125 anos que Manuel Bandeira estaria fazendo hoje.
sábado, 16 de abril de 2011
Ode à ''Não Ida à España''
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Sonho Ladrão
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Simultaneidade de Bandeira Oculta
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Ambiguidade Clássica
quarta-feira, 30 de março de 2011
Momento Bandeira
Vai ao cemitério. Vai
E procura entre as sepulturas
A sepultura de meu pai.
Leva três rosas bem bonitas.
Ajoelha e reza uma oração.
Não pelo pai, mas pelo filho:
O filho tem mais precisão.
O que resta de mim na vida
É a amargura do que sofri.
Pois nada quero, nada espero.
E em verdade estou morto ali.
domingo, 27 de março de 2011
Loucura Antropofágica.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Eu Faísca
terça-feira, 15 de março de 2011
De Henrique Vaz
domingo, 13 de março de 2011
Revolução
terça-feira, 1 de março de 2011
Beijo guardado
Tu e eu em pensamento
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Morena dos olhos.
Vinícius Reis
A cada palavra, morena,
Tu floresces,
Aspirante, e emerges,
Bailas nas trevas bronzeadas
Da própria pele,
Invocando meretrizes,
Outrora, velhas virgens,
Proclamando a história do campo,
Sofrendo por Sabará.
Menina doida que só
Pelo menino da rua ao lado,
Pelo pião que tens guardado,
Pelas cartas que tens te feito chorar,
Pelos versos que vos faz chorar
Por todas as mulheres que tens que guardar...
Ah, morena!
Podes saltar, rodar,
E perder as pedras dos teus vestidos.
Derrubes ao sabor doce da tua boca
As gotas ácidas do teu pensar.
Foste uma boa mãe,
Não tão boa esposa,
Porque não quiseste casar
À moda do povo
E acendeste o alarido,
Das velhas loucas fofoqueiras.
Das cidades de pedra
Das panelas de barro,
Tudo dentro de ti,
Como um velho cheio de anedotas,
Morena, brincaste contigo
Perdida no mundo das palavras,
Mas de um único poema.
Insistes em escorregar
Entre dedos já doídos.
Já cansaste os olhos, morena,
Porque tu trocas de pele,
Trocas de bronze,
Dos rituais clássicos,
Às interpretações mais modernas,
Das geringonças mais loucas
A mais alta tecnologia
Capaz de encolher gente
De fazer torta de limão
Usando apenas papel, caneta e solidão.
Perguntais do que gosta, morena.
Aposto no choro da criança,
Que vem de dentro de ti,
Das tuas asas de papel,
Do teu bailar no carrossel
De como sobes até o céu
De como santificas o sangue de prostitutas
Que corre de tuas mãos quando escreves.
Tua força épica de configurar-te
De não generalizar-te
De falar sobre artes,
Ah, morena, morena.
Tu manipulas as pupilas,
As minhas pupilas,
E manipula meus olhos,
E se faz menina
A menina dos olhos,
A morena dos olhos,
Agridoce que só.
Vinícius Reis
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Poesia que sobe a ladeira
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Biografia
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Fatal
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Selo ''Projeto Creativité''
Acabo de receber este lindo Selo de Qualidade Projeto Creativité de Vinícius Reis, dono do blog ''O Príncipe''.