sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Verdade no Asfalto
Momento Manuel
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Onde tudo começa
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Prosa e poesia
domingo, 28 de novembro de 2010
Com licença*, José Paulo Paes e Vinícius Reis
sábado, 27 de novembro de 2010
A culpa é do Tempo
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Morre-se uma vida
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
#2
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Criança é fogo
Bye, Lets
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Casa amarela, menina cega
Lágrimas na estação
sábado, 6 de novembro de 2010
Morenice aguda
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Andança
domingo, 31 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
F de Consolação
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Segredo Escarlate [parte 1]
terça-feira, 19 de outubro de 2010
As sobremesas da vida
sábado, 16 de outubro de 2010
O pior dos pesadelos
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Continue precisando
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Pequena (in)constante
domingo, 3 de outubro de 2010
Criança é fogo
Presente grego
Eduardo brincava na varanda com os primos que haviam acabado de chegar. Nós, os pais do pestinha, estávamos fazendo sala para minha cunhada e o marido e com os mesmos assuntos de sempre. Chatos e enfadonhos por sinal.
Minha cunhada, porém, veio com um assunto novo que me surpreendeu:
-Helena, esse quadro que demos a vocês de casamento mudou de lugar por que? Lembro-me que da última vez que estivemos aqui ele estava na parede azul da copa, perto da mesa.
-Ah, eu gaguejava tentando arrumar uma explicação, Eduardo, que... que rabiscou esta parede aqui, então colocamos o quadro em cima justamente para tapar o desenho.
-Ah, mas então temos que dar a vocês outro quadro para colocarem lá na parede azul da copa, por que sinceramente, falta uma decoração ali e esse quadro ficava mesmo melhor lá. Vou conversar com a mesma pintora que fez este aqui e ela fará outro, ainda mais bonito , para colocarem na copa, tá bom?
- Não, não precisa Juliana, por favor, fico até com vergonha.
-Ah, mas ia ficar tão bonito... Não diga não,é presente e pronto.
Fiz uma cara de falsa agradecida e olhei pra meu marido ,que, com o olhar, dizia pra eu não falar mais nada e aceitar logo o presente antes que sua irmã começasse a discutir, e nós sabíamos bem que ela era escandalosa.
As crianças enfim cansaram de brincar e vieram para dentro, estavam cansadas e ofegantes de correr e então Eduardo levou todo mundo pra tomar suco. Depois do suco tomado, coloquei Eduardo no meu colo e dei um beijo, precisava aproveitar a época em que ele ainda cabia no meu colo e que ainda não reclamava dos meus beijos em público,afinal, já estava com seis anos. Enquanto estava sentado ali em meus joelhos e mexia no meu cabelo, ele virou para trás, deu uma olhada desconfiada na parede, cerrou as sobrancelhas, voltou-se para mim e perguntou:
-Mamãe, por que toda vez que a tia Juliana vem aqui em casa você coloca esse quadro na parede?
Criança é fogo
H.Reis
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Risada imersa
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Graçamor.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Tarados também envelhecem
domingo, 12 de setembro de 2010
Momento Kerouac
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Criança é fogo
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Minas Gerais
A contar um causo, a tricotar com a vizinha,a colocar uma broa de fubá para assar( e deixá-la corar como o marrom da cor da terra), a falar uns ''uai'' por aí, a assar um pão de queijo, a passar um café em filtro de pano, a sentar no passeio às cinco horas da tarde e observar as crianças arteiras; assim vivem as senhoras mineiras, a fazer essas coisas.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Ilusão Agridoce (Antítese)
Selos e mais selos
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Encaixe
domingo, 29 de agosto de 2010
Insônia que leva ao sonho
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Ave humana
Será que acabou?
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Criança é fogo
domingo, 15 de agosto de 2010
Mais que luto...
Um professor, um amigo, um companheiro nosso, Cléber Viana, faleceu; e nós, Letícia e eu, estamos muito tristes e queremos manisfestar essa tristeza. Ele foi uma pessoa que fez diferença na vida de seus alunos; as aulas dele não eram aulas de espanhol ou literatura espanhola; eram aulas de vida e sensibilidade.
sábado, 14 de agosto de 2010
Este Blog é Bipolar
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
A velha mais confusa
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Momento Virginia
domingo, 8 de agosto de 2010
A máquina que leva e traz
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
O sono que engana
I'll wake you tomorrow
and you will be my fill, yes, you will be my fill.
My Lady d'Arbanville why does it grieve me so?
But your heart seems so silent.
Why do you breathe so low, why do you breathe so low.''
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Morte e Vida Amor
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Ah, você
domingo, 25 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Momento Delacroix
terça-feira, 20 de julho de 2010
Agora. Não depois.
Comodismo
sábado, 17 de julho de 2010
Criança é fogo
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Momento Florbela
" O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade; sei lá de quê! "
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Segundos passam...
Escrever sobre nada
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Frases Aleatórias
sábado, 10 de julho de 2010
Newton e as frutas assassinas
terça-feira, 6 de julho de 2010
E o destino decide...
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Cacos de pétalas
sábado, 3 de julho de 2010
Me descrevendo em imagens
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Recomeçar
''Não há amor perdido, nem se fingem milagres
Não reparto o destino que me expia em saudades...
E o grito ecoa profundo;
"Quero o meu mundo!"
O assalto recomeça, o espelho fascina
Sigo encoberto, o quebranto domina...
Mas a vida desalinha!
Sepulto a ruína, ressurjo em apreço,
E de novo, recomeço.
Só quem se arrisca a ir longe demais
descobre o quão longe se pode ir. ''
T.S Eliot (postado por H.Reis)
Vazios
terça-feira, 22 de junho de 2010
''Quem são os animais?''
Esse texto baseia-se em um fato verídico.
Tínhamos aula de Literatura depois do intervalo. Estávamos estudando romantismo e pelo contexto da matéria, a professora resolveu passar um filme pra turma: ‘’Moulin Rouge’’. Acho que a sala toda já havia assistido antes, menos eu. Mas já que o trimestre estava no fim e não tinha mais matéria pra dar, ver o filme seria um jeito descontraído de ilustrá-la. A professora,uma das minhas preferidas e mais queridas, era linda, delicada, um doce de pessoa. Não sei se o fato de ela lecionar a matéria que eu mais gosto influenciava no meu carinho e admiração por ela. Conversávamos muito, ela sempre sorridente, tinha assunto pra tudo, era bastante culta.
Uma vez me contou que tinha um cachorro, Luan, de 10 anos. Disse que que era como um filho pra ela. Eu achava uma gracinha a relação dos dois. Ela tinha Orkut, no álbum, era provável ter mais fotos do tal cãozinho que da própria Andréa. A chamamos de Prette, é o sobrenome dela e além disso, temos outra professora Andréa , de Geografia.
Mas voltando ao dia do filme:Prette foi à nossa sala e chamou a turma para a sala de vídeo,o filme estava na última parte.Eu havia percebido que ela estava triste,abatida,sem sorrir,coisa habitual de ela fazer quando chega em sala.Comentei com a Jéssica a tristeza da professora e ela disse:
-É,também reparei.Ela deve ter brigado lá na coordenação. Ah, duvidei muito.Prette não era de brigar ou fazer confusão.Era de uma ‘’finesse’’ incrível.Nunca a vi elevar o tom de voz e ela me dá aula há um ano e meio.Quando a turma tá conversando,ela pára e diz:
- Pessoal,vamo lá.Só um minutinho aqui.Como se prestar atenção na aula fosse um favor que agente fizesse pra ela.
Então o filme rolava.Eu ,de 10 em 10 minutos olhava pra ela,que não mudava a fisionomia triste e angustiada.Eu já tava ficando preocupada.Ela fingia prestar atenção no filme,já visto umas 8 vezes por ela.Quando o filme acabou,ela foi levar agente pra sala.Eu fui andando do lado dela,não perguntei nada,só fiz algum comentário sobre o filme.Se ela quizesse me contar o motivo do abatimento,seria por ela mesma,eu não a pressionaria.No início do corredor ela diz:
-Ô,Helena,não te contei oque aconteceu.
-Oque,fessora?
-O Luan morreu ontem!
Minha cabeça rodou. O ''filho'' da fessora havia morrido ( pra que essas aspas? afinal, pra ela e o marido, ele era realmente um filho. Nutriam um amor sincero pelo animal.). Eu fiz aquela cara de espanto de sempre e disse:
-Aahhh! Fessora!! Bem que eu percebi que cê tá bem tristinha hoje. Que dó!
E ela, com aquele olhar inconsolável, disse:
-Pois é, lembra que no ano passado ele fez uma cirurgia na bexiga? Então, a infecção voltou e ele não resistiu.
Nisso agente já tava em frente á minha sala. Eu não sabia oque falar. Os olhos dela cheios d’água. Os meus já tinham enchido e transbordado ( sou sensível demais, chorona demais.).
-Que dó, fessora!
Dei um abraço de leve nela. Juro que por um momento tive medo de abraçá-la forte e ela acabar quebrando, pois estava tão frágil e sensível que isso não seria difícil.
-E como cê tá, fessora?
-Ah, eu tô arrasada. E ele era meu amigão, meu companheiro. Tinha 11 anos.
Acho que em vez de ‘’amigão’’ ela queria falar filho, mas por algum motivo não disse. Ela tinha que dar aula no 3ºano e o sinal já havia batido; desceu as escadas e eu no corrimão vendo ela descer e dizendo pra ela não ficar daquele jeito. Contei pra Jéssica oque tinha realmente acontecido. Nada de brigas ou discussões na coordenação. Era a morte do amado cachorro. Perda de um ente querido. Queridíssimo. Enquanto eu contava, minhas lágrimas brotavam involuntariamente. Jess olhava:
-Quê isso, Helena? E dava uma risadinha discreta.
Eu entendia, pois não é comum ver uma amiga sua chorando porque o cachorro da professora morreu. Mas eu chorava também por ver a tristeza da Prette; ela estava sofrendo e eu nada podia fazer para ajudar ou amenizar a dor dela. Prette nunca mais seria a mesma. Seus sorrisos literários das aulas teriam, nem que de leve, um tom de melancolia, dor, e mais: saudade. Ninguém substituiria Luan. Ela nunca mais veria os olhos doces daquele animalzinho.Uma parte dela se esvaziara.
OBS:O título é de uma crônica do Ruy Castro,da qual Andréa gosta muito.Uma ''homenagem''( com aspas,pois,quem sou eu pra fazer homenagem a Ruy Castro?)
H.Reis
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Fundo do poço
terça-feira, 15 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Só aquilo
Hoje eu saí de casa com o objetivo de me sentir livre,leve e solta.Literalmente.Queria ver na minha sombra refletida no chão,meus cabelos voando por causa do vento que batia neles e quase os levava junto,na direção do dia.Olhei o céu, não totalmente azul, tinha nuvens espalhadas, aquela inconstância me agradava.Eu andava devagar,respirava devagar,tentando sentir cada molécula do ar que entrava pelo meu nariz.Quando saí na rua acho que até chamei a atençao,pois todo mundo estava com pressa,correndo,preocupado,moderno.E eu na minha calma,dentro do meu objetivo,passos leves,respiração profunda e cabelos ao vento, e eu não tinha também nenhum lenço ou documento.Depois de fechar de leve o portão,coisa não habitual,pois sempre o bato com força,dei de cara com uma senhora,que não devia ser tão velha,mas que na aparência era.Tinha olhos bem pequeninos e cerrados,como se quisesse se fechar totalmente pra esse nosso mundo maldoso que a fazia parecer mais velha.